Cinco Mulheres, Cinco histórias, Um destino.
Uma mulher chamada Rute - Parte I
Esta é uma das reflexões que faz parte do tema “Cinco mulheres, cinco histórias, um destino”. Você pode acompanhar estas reflexões aqui, a primeira foi Tamar, a segunda foi Raabe. Hoje quero compartilhar sobre uma terceira mulher cujo nome é Rute, sua história, seu destino.
“Rute, uma escolha, uma decisão”
A primeira menção do nome Rute na Bíblia se encontra no oitavo livro do Velho Testamento, com o mesmo nome, Rute. Está registrado no primeiro capítulo, versículo quatro.
Quem era esta mulher? A narrativa bíblica nos relata que ela era uma mulher moabita, ou seja, sua nacionalidade era de Moabe, que ficava no planalto a leste do Mar Morto. Seus ocupantes foram descendentes do filho de Ló por uma união incestuosa com sua filha mais nova ( Gn 19.37). Por estas terras no tempo de Rute, tempo dos Juízes, chamados por Deus para governar Israel, o rei de Moabe, invadiu terras israelitas indo até Jericó. Temos Elimeleque, (Rute 1) que devido a uma fome em Israel sai a peregrinar com sua família e seus filhos, Malom e Quiliom. Estes, casaram com jovens moabitas, Orfa e Rute. Em seguida a Biblia nos diz que seus maridos morrem, tornando-se viúvas. E aqui faremos menção da história de Rute. É interessante ressaltar o significado do seu nome, Rute, segundo Champlim (Coleção Versículo por Versículo), seu nome tem o significado de “amiga”, outros estudiosos dão o significado de bondosa. Realmente podemos observar na vida de Rute, em sua biografia bíblica, essa qualidade sendo ressaltada em seu caráter. Aqui abro um parêntese, para a importância dos nomes dados aos nossos filhos. Vemos o cuidado na cultura judaica, em colocar nomes linkados a algum fato ou traço de personalidade ou eventos ocorridos na vida desses filhos, ou em sua gestação, ou na história de vida dos pais. Há sempre essa coerência com a vida familiar. Mas não somente na cultura judaica como em outras culturas. Precisamos atentar mais para esses detalhes, quais os nomes que estamos dando aos nossos filhos. O que querem dizer, seus nomes contam algo sobre os desejos, os princípios de seus pais? Fica a questão para posterior reflexão.
Pois bem, continuemos com Rute. Agora só, despede-se de sua cunhada Orfa, a qual, decidiu voltar para sua família, porém Rute escolhe seguir sua sogra. A pergunta é o que levou Rute seguir Noemi, sua sogra? Isto destoa do estigma que as sogras atualmente têm em nossa cultura ocidental. A figura da sogra sempre é a malvada, bisbilhoteira, ciumenta, palpiteira, egocêntrica, acho que chega. Uma sogra assim jamais atrairia seguidora, concordam? Mas Noemi não, ela reconheceu o valor de suas noras. (Rute 1.8.9). Era bondosa, agradecida e abençoadora. Assim conquista Rute. Que belo exemplo temos aqui em como ser uma sogra de influencia em uma geração e na história da humanidade. Sim ao dar à Rute e Orfa, a oportunidade da escolha também as abençoou, mostrou ser uma mulher sábia, prudente mesmo em meio a dor. Uma mulher virtuosa. E Rute? Soube aproveitar a oportunidade que lhe fora dada. Creio que ao ver o comportamento de Noemi, mesmo diante da solidão, do sofrimento, da dor, não esbravejou, lamentou sim, ( v.13), mas não foi egoísta. A Bíblia nos diz que Rute se apegou a ela. E temos neste momento uma declaração de uma mulher, cheia de bondade, de amor, de determinação, de coragem e de fé, e fé aqui de convicção de vida. Observa estas palavras que denotam esta convicção tão veemente: “ Disse porém Rute: não insista comigo que te deixe e que não mais te acompanhe. Aonde fores irei, onde ficares ficarei, o teu povo será o meu povoe o teu Deus será o meu Deus! Onde morreres morrerei, e ali seri sepultada, que o Senhor me castigue com todo o rigor, se outra coisa não a morte me separar de ti.” Rute 1.16,17.
Que maravilhosa declaração de fé e amor. Esta mulher mediante a perda, a solidão, encontrou em Noemi o pulsar do nome do Senhor, na sua vida, “o teu Deus, será o meu Deus” (Rute 1.16). Paremos um pouco aqui para pensarmos o que significa isto em nossos dias? O primeiro pensamento que vem à minha mente é: será que a minha vida esta criando desejos em minha família, meus colegas de trabalho ou de escola, faculdade, meus vizinhos, minha comunidade de seguirem a Deus, a ponto de renunciarem às suas convicções, suas religiãões, seus parentes, para me seguirem e seguirem a Deus? Oh Senhor, nos ajude. Lembro-me das palavras de Paulo, “sede meus imitadores como sou de Cristo.”(I Co 11.1) . Que nossas ações, palavras, atitudes evidenciem o nosso amado Jesus Cristo. Esta foi uma das marcas na igreja primitiva descrita em Atos 2.46, 47 que diz: “ ... Partiam o pão com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.”. Graça e simpatia, características do povo de Deus.
Portanto, nesta primeira parte da reflexão sobre a vida de Rute, fica para nós, hoje, o exemplo de sua determinação, sua coragem, sua decisão de seguir a Noemi, rumo a uma nova história, um novo destino, de ser geradora de uma nação da qual nasceria o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, Jesus Cristo. Louvado seja o seu Nome!
Esta é a benção para você neste dia que você seja uma mulher vitoriosa, mesmo na dor, com a atitude de seguir seu caminho em frente com a convicção da sua fé em Cristo que a leve a ser uma geradora de uma nação, de uma família, uma amizade, uma comunidade que teme a Deus e o sirva com fidelidade em todo o tempo. Seja bondosa como Rute foi, benigna, amorosa e esteja pronta para viver um novo amanhã, um destino com propósitos eternos, não passageiros, irrelevantes, mas, duradouros, alegres, frutíferos e beneficiadores, traçados por Deus.
Até a próxima reflexão sobre a vida de Rute, “Caminhando no Propósito de Deus.”
Deus te abençoe. Pense nisto e Viva melhor, viva com Deus.
Bom dia.
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